
Ana percorreu as estradas daquele ano entre risos e lágrimas. – Em meio e entremeio à parcas vitórias e polpudas, gordas derrotas! Parcas? Aquelas digníssimas senhoras, tecelãs dos caminhos da vida e do destino dos seres humanos? Não! Até poderia ser, mas não! Aqui, Ana utiliza o termo “parcas” dentro do contexto de tacanhas, mirradas, acanhadas vitórias ao longo do ano que vai se finando, definhando como tudo e qualquer coisa na vida onde as decepções, amargas, regadas com fel - nada de mel - vicejaram fortes, robustas, insistentes e persistentes, tal qual as ervas daninhas nos canteiros das hortaliças esquecidas, pobres coitadas, dos adequados cuidados. Ao menos e pelo menos restou-lhe um consolo — e por que não? – Uma vitória sobre os fracassos: comprou pouco, ou quase nenhum sal ao longo do ano. As lágrimas, generosas, fartas, como as cabeleiras da Mãe das Águas, salgaram os alimentos que ela preparou. De modos que economizou neste ano de carestia, de crise mundial...
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