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Mabom

Foto do escritor: Edna VezzoniEdna Vezzoni


Mabom

É o Equinócio do Outono.

Ocorre por volta do dia 21de março no hemisfério Sul e por volta de 21 de setembro no hemisfério Norte.

Estamos dentro do período da colheita embora nossos passos nos levem de encontro à aridez. Portanto, este é o tempo de “armazenar” já que temos adiante todo um inverno para atravessar.


Sua cor é o roxo.

A direção da roda é a do Oeste.

O elemento é a Água.

Dentro do caldeirão, o fogo arde.


Aqui o Rei Sol transforma-se no Senhor das Sombras.


São reverenciados ─ entre muitos Deuses, uma vez que aqui depende do panteão de cada seguimento da tradição. ─ Hades e Perséfone.


Hades é o Senhor dos mortos e do mundo inferior. Sua imagem foi distorcida ao longo dos anos pelo fato dê as pessoas temerem a morte. Difundiu-se a imagem de um Deus mal, cruel e ciumento. Porém, Perséfone discorda. Para ela Hades é um príncipe, por ser um homem educado e bondoso.


Perséfone é a Deusa da terra e da agricultura. Deusa Mãe das Fúrias. Rainha do mundo Avernal. Detentora dos segredos das sombras, Perséfone vigia as almas dos que fazem a travessia para o mundo dos mortos.


Neste sabbat, mergulhamos em busca da beleza interior. Dentro deste conhecimento trabalhamos com os amuletos que se prestam a afastar/ banir, coisas indesejáveis.

As luzes que orientam os praticantes da Arte, neste período do girar da roda, vêm das chamas das velas cuja cor é o verde para Ela e o marrom para Ele. Verde para que a fertilidade da Deusa gere em nós a abundância dos bons sentimentos, e assim, traga sorte em nossas empreitadas. Marrom, para que o Deus nos conceda proteção e nos dê solidez e estabilidade em nossos projetos.

O incenso é o de lírio para Ela e benjoim para Ele.

Querendo fazer uso de uma essência em um réchaud, melhor optar pela mirra, por ser ela a árvore responsável pela purificação do ambiente, enquanto seus vapores geram proteção.

A pedra é o lápis-lazúli. Ideal para este período em que necessitamos despertar em nós a confiança e a segurança, tão essenciais em nossas tomadas de decisões. De reavaliação da nossa conduta. O lápis-lazúli trabalha o nosso campo mental, gerando a clareza das ideias e o autocontrole em nossas decisões. Por ser a pedra que contém a Alma dos Deuses dentro dela, é uma facilitadora da nossa capacidade de percepção das mensagens de outros planos da existência.


O altar é decorado com flores brancas. Podem ser lírios, angélicas ou narcisos.

A taça deve receber vinho branco ou água da fonte.


Dentre as frutas, ofertamos a romã para Ela e o figo para Ele.

As ervas são o eucalipto, hortelã ou cipreste. As oferendas são de milho.


Pipocas estouradas (sem sal) e depositadas em cumbucas de madeira. Ou colares de pipoca ─ passe a linha em uma agulha e vá trespassando as pipocas. ─ decorando o ambiente.

Os banhos indicados são: os de lírio-branco, ou angélicas para as mulheres e hortelã ou eucalipto para os homens.


─ É madrugada. Perdi o sono. Da sacada do meu quarto, olho a Lua que cresce no céu. Sei que a distância é ilusória. Eu a sinto em mim, a Lua crescendo em minha fronte. Meu corpo está banhado por sua luz prateada... A respiração da Lua é a minha respiração... Neste momento somos uma única pulsação no universo. A Deusa suspira. Leva a mão até o coração como se sentisse uma opressão no peito. Em seu rosto habita uma tristeza difusa...


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https://clubedeautores.com.br/livro/abrete-bau



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